sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mensagem de um jovem para sua família

Mensagem psicofônica de um jovem desencarnado em acidenta para os pais e irmãos no dia 10/08/2008 no Centro Espírita Doutor Adolfo Bezerra de Menezes, através do médium Luiz Marini, após aproximadamente dois anos e oito meses do falecimento. Os nomes das pessoas foram ocultados para preservar a privacidade dos envolvidos. As frases que estão em itálico são da mãe do jovem desencarnado enquanto as outras são do jovem. Foram preservadas as palavras pronunciadas para manter a originalidade da mensagem, com pequenas adequações para melhor entendimento.

- Quanta luz!
Jesus me permitiu vir. Agora, agora conheço.
Jesus me permitiu vir, ver a senhora (a mãe), sabe por quê?
Porque eu não obedeci a senhora. A senhora me dizia “Te cuide meu filho!”, e eu não me cuidei!
Andava sempre junto com meus amigos pensando que era o melhor para mim.
Nesta vida, Jesus me mostrou, depois, que essas loucuras que eu fazia eram coisas que vinham de outros tempos, que eu tinha que enfrentar meu espírito, que eu precisava quebrar meu espírito. Ah, e só fui compreender isso depois que estive na espiritualidade. Ah, eu juro por minha avó. Minha avó diz que eu tenho que pedir perdão para vocês!
- Eu já te perdoei filho, te amo meu filho! – Disse a mãe.
Quantas noites eu vi vocês, depois, acordando de madrugada, rezando por mim, e eu não sabia o que fazia.
Quantas noites em claro a senhora passou, e eu cabeçudo, nunca te obedeci e ia atrás dos meus amigos. Mas eu sei, não eram só as companhias não, e só eu, não; eu tinha que pagar alguma coisa, eu acho, de outros tempos que me formaram deste jeito. Vivia maluco, para correr, para andar, eu não tinha paz e a minha casa, ah, a minha casa era aqui na frente.
- Quantas vezes a mãe disse C., vai filho para o centro!
Porque eu não vim no centro? Tinha uma força negativa que me puxava e então eu pereci.
- Mas eu te perdoei filho, eu te amo meu filho, te amo demais – disse a mãe.
Eu sei disso, eu, eu sei que na verdade tinha muitas coisas inferiores me incomodado; eu não tinha paz, não encontrava paz, então eu corria, quando saía com meus amigos. Ai, eram maus caminhos. Eu fui ver no mundo espiritual que nós, ah, nós somos espíritos que andamos juntos. Quantos somos... e eu sempre fui rebelde e mais, em outra vidas fui rebelde com você. E Deus me disse, nós vimos para acertar as contas e eu não quis, porque se tivesse vindo no Centro, eu teria criado juízo, teria feito as coisas certas, ah como teria feito coisas certas! Eu seria como meus irmãos, que eu sei que eles te ajudam.
- Mas você era bom também, você ajudou muito as pessoas e era muito bom.
- Eu tinha bom coração, mas não tinha cabeça, não tinha cabeça!
- Você tinha coração bom, eu te amava demais filho!
Imagine se eu tivesse trabalhado com eles, junto aqui, que jovem que eu seria! Mas vamos esquecer!
- Sim!
Porque o Bezerra me disse assim, e nossa mãe M., ah que espírito bom, ela vem todo dia me ver, conversar comigo, me explicar as coisas e trouxe livros para mim ler, para mim aprender. Ele me disse que se eu não tive oportunidade de aprender enquanto estive na terra agora vou ter oportunidades no mundo espiritual. Por isso agora eu estou feliz, sabe por quê? Vocês me perdoaram. Não era bem eu, era a influencia negativa que eu tinha, e tinha uma sina de outra vida que me perseguia e eu não tinha paz, não tinha paz! Mas agora eu tenho paz. O Doutor Bezerra me levou numa cidade que eu não mereço estar lá, junto com meus amigos de espírito, junto com meus parentes. A avó M. vem me visitar todos os dias, e ela vem com uma moça muito bonita chamada Mr., que ajuda a me tratar, me traz uns livros e conversa comigo.
Ah, eu sou outro espírito, e sou feliz!
- Que bom!
Eu sei que vocês agora estão no caminho certo, amando, fazendo o bem, entendendo a mediunidade, entendendo as pessoas e eu estou sempre junto com vocês aqui no Centro. Eu não vejo a hora de poder trabalhar com vocês aqui. E eles me dizem, que com o tempo, eu vou melhorar muito, eu vou ser um espírito de bastante luz, vou trabalhar bastante, e daí Deus vai me permitir que eu volte na família de vocês. Talvez seja daqui dez, vinte, trinta, cinqüenta anos, não importa. Eu vou voltar aí, mas também, eu vou ao Centro desde pequeno, vou aprender a ser bonzinho, vou aprender a entender Jesus, aprender a mediunidade, e nunca mais vou fazer estas coisas que eu fazia.
Por isso, tenham calma, deixem que o tempo nos ajude. O tempo vai varrer todas estas mágoas. Eu agora estou bem, não tenho mais as perturbações de antigamente que perturbavam meu espírito.
Por isso, avisem àqueles jovens, aquelas pessoas que não tem o espírito equilibrado, que estão em desunião consigo mesmas, que não tem paz um segundo, os avisem que venham no Centro, que não custa nada. Este meu aparelho (o médium) atende as pessoas, todas; nunca vi ele negar alguma coisa a alguém.
Ele atende, ele conversa, para vir. Muitas, muitas pessoas morrem, se suicidam porque eles não tem entendimento de Jesus. Se vocês vêem alguém assim mande vir.
- A mãe manda, mas eles são rebeldes e não obedecem.
Eu sei que alguns amigos seus não querem nada aqui.
- Eles se afastaram até de mim porque eu venho no Centro.
Você fez a sua missão, sua missão se cumpriu.
- Falei muito para eles e daí eles se afastaram de mim, me deixaram sozinha aqui.
Você não está sozinha, você tem a gente. Tem seus filhos, teu marido que é meu pai. Você sabe disso. Tem estes amigos aqui no Centro, que este Centro é nosso. Sabia que é nosso?
- Sim, é nosso.
Doutor Bezerra disse que é nosso e então eu digo que é nosso.
- É nosso, eu também digo que é nosso, tem um pedaço meu aqui também.
Eu não sei, mas é nosso!
É nosso. Esta casa tem um dono? Tem um dono, mas ele é Jesus. Ele é o único proprietário desta casa. Tem Doutor Bezerra que a gente ama tanto. Se a senhora soubesse como ele me ajudou. Que espírito lindo!
- Que bom saber que você está bem filho.
Eu estou bem, tenho saudades de vocês, mas quando bate a saudade eu vou lá na casa de vocês e toda quarta eu venho aqui. Por isso não chore mais viu mãe, não chore mais.
- Seja feliz, tenha muita luz, muita paz.
Não chore mais. Um dia nós vamos nos encontrar na espiritualidade.
- Eu choro porque eu te amo meu filho, te amei demais.
Te peço perdão porque eu errei mãe.
- Não, você foi bom para mim.
Eu queria ser igual a estes meus irmãos, estes sim.
- Você só soube trabalhar nesta Terra, trabalhou demais meu filho.
Jesus abençoe a todos nós e abençoe a senhora.
- Um abraço filho, um beijo querido!
Abençoe a senhora.
- Te amo filho, te amo demais!
Te amo também. A senhora não sabe o quanto...
- Te amo filho, te amo!
E não chore! Agora a D. M. me falou que quando eu quiser eu posso vir. Obrigado pai.
- Eu te amo! – Falou o pai.
Não se culpe de nada, viu (falou para o pai). Eu sei que em seu coração tem ressentimento, você pensa muitas vezes assim, sozinho, que você teve culpa. Você não teve culpa de nada. Acho que era o meu destino, porque a paz que procurava não achei. Não pense assim porque você não tem culpa de nada. O culpado sou só eu neste caso. Se eu obedecesse vocês, eu era outro. Eu obedeci até certo ponto, até certo ponto, até certo ponto.
Obrigado! Que Jesus abençoe vocês.
Não chore, não chore, não chore.
Eu envelheci vocês, eu poderia ser um médico também... Mas tudo bem, cumpro com vocês a minha missão, eu vou cumprir aqui no Centro, e depois eu volto para a Terra. Ainda vou ser o nenê de vocês, pequenininho, mas forte. Jesus abençoe esta terra e nos receba em paz. Um abraço bem forte viu, para o meu irmão F. Ah, eu vou te dizer uma coisa agora, viu mãe, este aparelho falou para o F., quando ele foi trabalhar lá naquela firma: leva alguma coisa para comer lá, não corra para frente e para traz de carro porque a estrada é perigosa. Até que aconteceu um problema não é, mãe?
- Aconteceu.
E este meu aparelho falou para ele com o maior coração, porque ele previa que ia acontecer alguma coisa e graças a Jesus, foi tirado o mau caminho e não foi nada mãe.
- Foi.
Viu, faça para ele uma marmita e diga para ele isto que estou dizendo: Que ele fique lá.
- Eu já falei para ele.
Esquente, almoce lá. Faça assim, uma comida leve. Que ele coma bem de manhã, uma comida leve no almoço e coma bem à noite. Que ele não ande nestas estradas. Isso meu aparelho falou para ele.
- Também eu falei para ele que não é para viajar e ele continua viajando.
Não, mas as viagens com a firma tudo bem. Sabe por quê? Ele precisa. Isso ele precisa fazer. Mas cuida disto que eu falei. Ta bom?
- Sim, eu vou dizer para ele.
Eu tinha avisado através deste aparelho meu. Graças a Jesus foi desviado um mal maior.
- Para eles não aconteceu nada.
Viu, ele vai ver que dentro de cinco, seis, dez dias ele vai estar acostumado. Ele almoça, pode dormir um pouco lá porque o tempo de correr ele descansa e não tem o perigo da estrada.
- Sim, já falei isso para ele, muitas vezes eu falei.
Diga que eu falei isso para ele agora ta?
- Sim. Obrigado C., obrigado!
Não faça como eu fiz que não obedeci a vocês.
- Fazer o que, você era novo ainda.
Manda aquele abraço para o F., para o V. também...
Nós somos quatro irmãos com coragem. Não é porque eu estou na espiritualidade que não sou mais irmãos de vocês. Agora eu sou mais irmão ainda.
- Obrigado C.!
Quatro homens sem medo.
- Obrigado por vir aqui. Que bom estarmos juntos outra vez.
Obrigado e que Jesus te abençoe! Você merece. Ajude a você.
Deixa eu dar um abraço nesta doce mulher. Que bom ver você bem. Não chore mais, já falei que eu também não vou mais chorar. Cuide bem de sua esposa (dirigindo-se para o outro irmão), cuide desta mediunidade linda que vocês têm. E sabe o que eu gosto no estudo Cl.? É que se vocês não quiserem nem trabalhar não precisa não é? Só senta ali, descansa e deixa que este meu aparelho trabalhe não é? Todos os pepinos ele cuida. Então você só vem ali e descansa. Mas isso que eu disse é brincadeira. Com o tempo quero ver vocês enfrentarem estes espíritos ruins aí meus filhos.
Jesus te abençoe, que ele te de a luz minha filha. Olha como eu to chorando. Não devia não é? Este meu aparelho não chora quase nunca, ele enfrente no osso do peito todas as coisas. Sabe disso? Solidão, tristezas, mágoas muitas vezes. Não chorem, tem que vir eu aqui para chorar não é? Ele me obedece. Que Jesus te abençoe meus filhos. Desejo toda a luz no seu coração. Não chore. Não chore mais, ta bom?
- Te amo filho, te amo demais!
Fale para o F. o que eu falei pra você, ta bom?
- Sim, eu vou dizer para ele. Te amo filho.
A avó está super bem.
- Minha mãe?
Sim.
- Querida, está linda, sabida não é? Que bom que ela veio também falar comigo, fiquei muito feliz.
Sim, ela é um espírito muito bacana. Qual é o neto que não adora as avós? Não, me fala. Todas as avós. Estes dias falaram para este aparelho, para esse médium, disseram assim: o que é um avô? Avô, disseram para ele, “Avô é um burro que o filho amansa para o neto montar”.
- (Risos).
Ele me falou que isso é verdade.
- Seja feliz lá com a avó.
A vovó que gosta muito de mim.
- Seja feliz lá com a avó e o avô.
Eles estão sempre junto de mim. E com vocês também. Eu estou sempre junto com vocês.
- Que bom. Obrigado!
Desculpe todo esse choro. Desculpe. Meu irmão gostei de ver você, viu? Se eu tivesse obedecido bem, eu estava aqui com vocês trabalhando não é? Aqui no Centro. Mas tudo bem, isso é coisa que passou. Que Jesus abençoe vocês!
- Que assim seja!
Nós todos somos irmãos, dou a bênção a vocês. Que bom rever vocês. Vocês são os nossos companheiros.

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