segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Nossa Juventude

Hoje, resolvi gastar um pouco do meu tempo escrevendo.

Assistindo a uma palestra na TV Cei (http://www.tvcei.com/) , onde o palestrante falava sobre os jovens dos anos 60 e 70, os quais foram a última juventude a lutar por um objetivo, os Caras Pintadas. Quem é desta época se lembra disso e deve ter orgulho desta juventude.

Hoje, vemos a juventude, excetuando uma pequena minoria, como pessoas que buscam o imediatismo, o prazer a qualquer custo, a prevalência do instinto sobre a razão. E Por quê?
Precisamos estar bem vestidos, ter o corpo em forma, saborear tudo o que a mídia nos diz que é bom, não podemos deixar da nossa Coca-Cola. Estamos cheios de desejos de consumismo e ele é insaciável.

Nossa juventude se faz, com as exceções merecidas, de uma aparência sem conteúdo, porque somos bonitos por fora e vazios por dentro. Brigamos muitas vezes por times de futebol, por qual é melhor do que o outro. Não digo que não devemos ter paixões, porque sem elas não nos movemos a lugar nenhum, mas me refiro a paixões por o que?

Precisamos preencher nossas mentes, pois sem isso entraremos em neuroses, depressões, e com que conteúdo estamos preenchendo este espaço? Será que sabemos por que estamos vivos, ou será que isso não faz nenhuma diferença? Sabemos o que queremos da vida ou ela é um período que devemos satisfazer todos os prazeres, sendo felizes os que possuem recursos para isso e infelizes os demais?

Não, a vida não pode se resumir a prazeres, ela vai muito além disso! Cada pessoa é única e precisa buscar em si mesma o motivo para viver. Precisa olhar para si mesma e recordar as aulas de filosofia, que eu sou, onde estou e para onde quero ir. Precisa buscar uma razão para acreditar que vale a pena viver, e esta razão não pode ser inserida por outra pessoa, cada um precisa descobrir por si mesmo.

Jovens, por o que vocês lutam? Ou vocês não lutam porque já estão vencidos?

Lembro-me de uma frase pronunciada no filme Gladiador, pelo General Maximus, na qual ele diz mais ou menos assim: “O que fazemos em nossas vidas ecoa pela eternidade” e então eu pergunto a você que lê esta mensagem o que você quer deixar para seus filhos? Qual a marca que eles verão?

Há uma música gaúcha que diz o seguinte:

“Eu sei que não vou morrer
Porque de mim vai ficar
O mundo que eu construí,
O meu Rio Grande, o meu lar,
Campeando as próprias origens
Qualquer guri vai achar...”

Qual é a nossa marca, a nossa cultura, o que nos identifica?

Não conseguimos chegar a lugar nenhum se não soubermos onde queremos chegar.

Muitas vezes me perguntava por que não existe uma escola que nos ensine a viver, para fazermos as coisas do jeito certo? Eu consegui achar esta escola, e ela é a Vida. Nela nós aprendemos e temos as lições que precisamos, aprendemos com nossos acertos e nossos erros. Temos a saudade para saber quanto valem os amigos, temos as dores para saber quanto vale a saúde.

E como bom aluno do Mestre que é Jesus, nós precisamos ouvi-Lo para passarmos para a próxima série, do contrário teremos que voltar e recomeçá-la novamente.

Não gaste o seu tempo com coisas fúteis, pois ele é precioso e se renova a cada instante. Escolha quais as marcas que quer deixar, carregue a espada do Amor, o escudo da razão e vamos para a batalha!