sábado, 27 de setembro de 2008

Como encontrar Jesus?

As pessoas andam pelo mundo, muitas sem se importar porque vivem, sem saber sua origem, nem para onde vão.

Diante disso, deparamos com a falta da fé, a procura do prazer imediato, a compra e a venda do mesmo. Há negociadores que vendem a estas pessoas o que procuram, mas que não venderiam o mesmo à sua família.

Lembro-me do tempo do colegial, no segundo grau. Chamavam-me carinhosamente de Mestre. Hoje vejo que era só um cego.

Nós éramos em pouco mais de 20 pessoas, todas na busca do mesmo objetivo, ser aprovado. Dedicava minha vida ao estudo e por conseqüência, obtinha as melhores notas da classe. Posso dizer que tinha o dom de conseguir compreender com facilidade e cultivava-o com todas as forças.

O colégio era tudo o que de melhor eu tinha e o local onde mais gostava de ficar. Não era fácil ser aprovado, pois era exigido bastante dos alunos. A cidade era pacata, mas o ensino exemplar.

Devido à dificuldade e por auxílio de Deus, ajudava meus colegas quando pediam; deixava até mesmo de fazer meus trabalhos para ajudar. Hoje é difícil saber quem era ajudado, pois no sorriso das pessoas e o olhar de agradecimento eu recebia muito mais do que podia dar. Colhia alimento para a alma e era isso que me fazia sentir cada vez melhor.

Mas como tudo o que é bom na Terra tem um fim, esse ambiente também precisou acabar. Minha família se mudou para outra cidade e acabei por deixar o colégio no meio da terceira série do segundo grau. Deixei também os amigos.

A mudança foi um choque para mim. Era como se o chão que me sustentava tivesse diluído. Encontrei outras pessoas no novo local, mas não era igual. Não tinha o carinho de meus amigos, nem o dos professores. Devido a minha timidez excessiva, tinha dificuldades para conversar com as pessoas que não conhecia.

Consegui concluir meus estudos e passar no Vestibular, mas ainda não havia conseguido superar a perda. Também não conseguia esquecer uma pessoa a quem amava muito e nunca tivera a coragem para contar. Como a maioria das pessoas, só reconhecia o verdadeiro valor de algo quando o perdia.

Andava desanimado, vagando pelo mundo, desejando voltar ao que não mais existia, pois a turma estava separada. Queria meus amigos, meus professores, as disciplinas, os cálculos, Física, Química, Biologia. De que valeria a vida se não podia ter as pessoas que mais amava, e que só agora sabia, comigo?

Até que um dia na Faculdade pude conhecer o sorriso de uma pessoa que me levantou, um sorriso e um olhar daqueles que vai até a alma, tirando o véu de uma nova vida. Um sorriso que vale mais do que qualquer palavra, mais do que qualquer coisa que o dinheiro possa comprar.

Estava desanimado, mas aquele sorriso me levantou, fez-me ver que a vida continuava; fez-me ver que ainda teria chance de ser feliz. Ainda continuei sozinho, mas pensei em minha vida.

E como a solidão é uma ótima conselheira, pude então entender porque Deus havia feito isso comigo. Pude ver que fiquei mais de dois anos cego, como uma criança que chora porque não ganha uma bala, mas que tem uma família e o carinho de seus pais. Pude entender com a solidão que quando amamos alguém de verdade, no fundo o que queremos é que esta pessoa seja feliz, mesmo que a pessoa que a faça feliz seja outra.

Com a distância de meus amigos do colégio, pude perceber o valor deles. Consegui entender que na vida precisamos amar as pessoas com quem convivemos, evitar as discussões e os conflitos com coisas mesquinhas.

Com a distância pude perceber que não importavam os momentos em que havia conseguido lograr a maior nota, mas sim aqueles em que eu recebia um sorriso, olhar de agradecimento. O melhor da vida são as pessoas. Acredito que é por isso que Jesus nos ama até mesmo quando estamos contra ele; mesmo quando ofendemos nossos irmãos ou discutimos com eles por causa de coisas passageiras, diferenças religiosas, time de futebol, opinião diferente.

Aprendi que na vida todos temos o mesmo objetivo: Evoluir para chegar até Jesus.

Diante disso, vejo até mesmo nas igrejas e religiões irmãos trocando acusações por diferenças mesquinhas; líderes religiosos uns contra outros, quando o que deveriam fazer é se unir para chegar até Jesus. Não vêem e nem procuram entender que Jesus deu sua vida para nos salvar, mostrando o caminho que leva até Deus.

Porque estes líderes não tentam imitar Jesus, ajudando a quem estiver no caminho, amando sem julgar a quem tropeça?

Mas Jesus sempre conseguiu chegar até as pessoas por meio daqueles que entenderam que devemos deixar tudo para segui-lo. Foi o sangue dos mártires que sustentou o verdadeiro cristianismo. Foram aqueles condenados pelos líderes religiosos que sustentaram as palavras de Jesus, sem distorção.

E ainda hoje, Jesus continua a convidar as pessoas para segui-lo, a deixar tudo o que tem, a superar as barreiras religiosas para conhecer Sua verdadeira face. Estes, meus amigos, ainda continuam sendo acusados e só não são queimados em fogueira porque isso não é mais permitido.

São convidadas todas as pessoas para viver a cada dia como se fosse o último; convidados a vencer os leões do orgulho, ódio, inveja, presunção, falsidade; estes leões que, no Círculo Romano, matavam as pessoas, hoje ainda matam a cada um de nós as chances de encontrarmos Jesus.

Se quisermos encontrar Ele, precisamos ir até onde Ele está. Para isso, não devemos morrer, mas sim viver; viver a cada dia com amor; nenhuma mágoa sem perdão, nenhum desentendimento sem um abraço, nenhum dia da vida sem agradecer.

Podemos dizer que isso não é fácil, mas quem disse que seria fácil? Isso é apenas para os vencedores, aqueles que venceram os leões que existem dentro deles.

Ainda preciso agradecer a pessoa que me levantou. Hoje, ainda cego, tento ser aquela pessoa que ajuda. Posso dizer que para ajudar não precisamos construir um castelo. Precisei apenas de um sorriso para me levantar e existem pessoas que precisam menos ainda.

Não deixe para amanhã ajudar a quem não conheça. Não espere a morte para entender a vida. Comece a ajudar, com um abraço, um sorriso, enfim, um tijolo na grande construção de Deus.

Precisamos da ajuda de todos para construir um mundo melhor e permitir que Jesus viva entre nós, começando a mudança por nós mesmos.

Em nossa vida, podemos escolher o que semear. Um dia ajudei, no outro fui ajudado. A escolha da semente é de cada um, mas a colheita é obrigatória. Busquemos a verdade e ela nos mostrará o caminho.

Desejo que cada pessoa que ler esta mensagem possa mudar algo em sua vida a fim de encontra-se com Jesus.