quinta-feira, 7 de junho de 2007

Analogia a morte segundo Allan Kardec

Allan Kardec fez a seguinte analogia em relação a morte:

"Um grupo de pessoas zarpou numa embarcação para alto mar. Os dias passaram e a notícia chegou inesperada: o barco fora polido por um naufrágio, não restando sobreviventes.
Todavia, os viajantes haviam sobrevivido ao naufrágio e agora vivam em uma ilha desconhecida e isolada.

Ao cabo de algum tempo uma equipe de pesquisadores do mar defrontou-se com a ilha descobrindo que os ditos mortos ainda viviam.

Retornando ao porto, narraram a descoberta. Alguns se felicitaram, outros contudo duvidaram, exigindo provas."

Assim é com relação a morte, os nossos familiares, os nossos amores, os nossos amigos que chamamos de mortos vivem apesar de termos sepultado os seus corpos.

Assim como durante muito tempo existiram na terra regiões jamais imaginadas, existem estas regiões espirituais para onde foram os seres que amamos e para onde todos nós retornaremos algum dia.

Portanto, se a dor da perda de alguém está lhe aturdindo o coração, mude o seu ponto de vista, porque na realidade não houve perda, apenas uma separação momentânea.

Sobre a Morte - Khalil Gibran

Vós conheceis o segredo da morte.

Mas como o enco
ntrareis a menos que o procureis no âmago do coração?

O mocho cujos olhos noturnos são cegos para a claridade, não pode desvendar o mistério da luz.

Se quereis verdadeiramente conhecer o espírito da morte, abri o vosso coração até ao corpo da vida.

Pois vida e morte são uma só, tal como o são o rio e o mar.

Na profundeza dos vossos desejos e esperanças está a consciência silenciosa do além;

E tal como as sementes que sonham sob a neve, também o vosso coração sonha com o desabrochar.

Confiai nos sonhos, pois neles está a porta para a eternidade.

O vosso medo da morte não é mais do que o temor do pastor quando se vê perante o rei que ergue a sua mão para honrá-lo.

E sob a sua tremura, não está feliz o pastor, por trazer em si a insígnia do rei?

E, no entanto, não está mais consciente do seu tremor?

Pois o que é morrer senão ficar nu ao vento e fundir-se com o sol?

E o que é deixar de respirar senão libertar a respiração das suas inquietações a fim dela poder elevar-se e expandir-se até Deus?

Só quando beberdes do rio do silêncio sereis capazes de cantar.

E quando chegardes ao cimo da montanha, podereis então começar a subir.

E quando a terra reclamar o vosso corpo, então sereis verdadeiramente capazes de dançar.