sábado, 25 de outubro de 2008

Pais Maus

O texto original foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais.

A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura.

O texto, a seguir transcrito, foi publicado por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.

Tradução do Dr. Carlos Hecktheuer, Médico Psiquiatra.

  • “Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
  • Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
  • Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.
  • Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
  • Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
  • Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
  • Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:
  • “Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tinhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
  • “Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tinhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
  • “Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
  • E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata”!
  • “Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.
  • Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar)”.
  • “Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência.
  • - Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.
“FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS!”
  • “Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje:

NÃO HÁ PAIS MAUS SUFICIENTES!

Texto: procura-se o autor.
Pais Maus foi traduzido pelo Dr. Carlos Hecktheuer, médico Psiquiatra, cuja autoria não foi citada, aparecendo equivocadamente como autor da obra.
Texto digitado de um pps pelo autor dafnemqs@yahoo.com.br

Passeio Socrático

*Frei Betto*


Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?' Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!


Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa? Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade.


Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais...


A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.


Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.


Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde?


Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, Auto-estima, ausência de estresse.


Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história.


Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...


Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald's...


Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:


'Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz. '


[Autor, em parceria com Luis Fernando Veríssimo e outros, de 'O desafio ético' (Garamond), entre outros livros].


Frei dominicano. Escritor.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mensagem de um jovem para sua família

Mensagem psicofônica de um jovem desencarnado em acidenta para os pais e irmãos no dia 10/08/2008 no Centro Espírita Doutor Adolfo Bezerra de Menezes, através do médium Luiz Marini, após aproximadamente dois anos e oito meses do falecimento. Os nomes das pessoas foram ocultados para preservar a privacidade dos envolvidos. As frases que estão em itálico são da mãe do jovem desencarnado enquanto as outras são do jovem. Foram preservadas as palavras pronunciadas para manter a originalidade da mensagem, com pequenas adequações para melhor entendimento.

- Quanta luz!
Jesus me permitiu vir. Agora, agora conheço.
Jesus me permitiu vir, ver a senhora (a mãe), sabe por quê?
Porque eu não obedeci a senhora. A senhora me dizia “Te cuide meu filho!”, e eu não me cuidei!
Andava sempre junto com meus amigos pensando que era o melhor para mim.
Nesta vida, Jesus me mostrou, depois, que essas loucuras que eu fazia eram coisas que vinham de outros tempos, que eu tinha que enfrentar meu espírito, que eu precisava quebrar meu espírito. Ah, e só fui compreender isso depois que estive na espiritualidade. Ah, eu juro por minha avó. Minha avó diz que eu tenho que pedir perdão para vocês!
- Eu já te perdoei filho, te amo meu filho! – Disse a mãe.
Quantas noites eu vi vocês, depois, acordando de madrugada, rezando por mim, e eu não sabia o que fazia.
Quantas noites em claro a senhora passou, e eu cabeçudo, nunca te obedeci e ia atrás dos meus amigos. Mas eu sei, não eram só as companhias não, e só eu, não; eu tinha que pagar alguma coisa, eu acho, de outros tempos que me formaram deste jeito. Vivia maluco, para correr, para andar, eu não tinha paz e a minha casa, ah, a minha casa era aqui na frente.
- Quantas vezes a mãe disse C., vai filho para o centro!
Porque eu não vim no centro? Tinha uma força negativa que me puxava e então eu pereci.
- Mas eu te perdoei filho, eu te amo meu filho, te amo demais – disse a mãe.
Eu sei disso, eu, eu sei que na verdade tinha muitas coisas inferiores me incomodado; eu não tinha paz, não encontrava paz, então eu corria, quando saía com meus amigos. Ai, eram maus caminhos. Eu fui ver no mundo espiritual que nós, ah, nós somos espíritos que andamos juntos. Quantos somos... e eu sempre fui rebelde e mais, em outra vidas fui rebelde com você. E Deus me disse, nós vimos para acertar as contas e eu não quis, porque se tivesse vindo no Centro, eu teria criado juízo, teria feito as coisas certas, ah como teria feito coisas certas! Eu seria como meus irmãos, que eu sei que eles te ajudam.
- Mas você era bom também, você ajudou muito as pessoas e era muito bom.
- Eu tinha bom coração, mas não tinha cabeça, não tinha cabeça!
- Você tinha coração bom, eu te amava demais filho!
Imagine se eu tivesse trabalhado com eles, junto aqui, que jovem que eu seria! Mas vamos esquecer!
- Sim!
Porque o Bezerra me disse assim, e nossa mãe M., ah que espírito bom, ela vem todo dia me ver, conversar comigo, me explicar as coisas e trouxe livros para mim ler, para mim aprender. Ele me disse que se eu não tive oportunidade de aprender enquanto estive na terra agora vou ter oportunidades no mundo espiritual. Por isso agora eu estou feliz, sabe por quê? Vocês me perdoaram. Não era bem eu, era a influencia negativa que eu tinha, e tinha uma sina de outra vida que me perseguia e eu não tinha paz, não tinha paz! Mas agora eu tenho paz. O Doutor Bezerra me levou numa cidade que eu não mereço estar lá, junto com meus amigos de espírito, junto com meus parentes. A avó M. vem me visitar todos os dias, e ela vem com uma moça muito bonita chamada Mr., que ajuda a me tratar, me traz uns livros e conversa comigo.
Ah, eu sou outro espírito, e sou feliz!
- Que bom!
Eu sei que vocês agora estão no caminho certo, amando, fazendo o bem, entendendo a mediunidade, entendendo as pessoas e eu estou sempre junto com vocês aqui no Centro. Eu não vejo a hora de poder trabalhar com vocês aqui. E eles me dizem, que com o tempo, eu vou melhorar muito, eu vou ser um espírito de bastante luz, vou trabalhar bastante, e daí Deus vai me permitir que eu volte na família de vocês. Talvez seja daqui dez, vinte, trinta, cinqüenta anos, não importa. Eu vou voltar aí, mas também, eu vou ao Centro desde pequeno, vou aprender a ser bonzinho, vou aprender a entender Jesus, aprender a mediunidade, e nunca mais vou fazer estas coisas que eu fazia.
Por isso, tenham calma, deixem que o tempo nos ajude. O tempo vai varrer todas estas mágoas. Eu agora estou bem, não tenho mais as perturbações de antigamente que perturbavam meu espírito.
Por isso, avisem àqueles jovens, aquelas pessoas que não tem o espírito equilibrado, que estão em desunião consigo mesmas, que não tem paz um segundo, os avisem que venham no Centro, que não custa nada. Este meu aparelho (o médium) atende as pessoas, todas; nunca vi ele negar alguma coisa a alguém.
Ele atende, ele conversa, para vir. Muitas, muitas pessoas morrem, se suicidam porque eles não tem entendimento de Jesus. Se vocês vêem alguém assim mande vir.
- A mãe manda, mas eles são rebeldes e não obedecem.
Eu sei que alguns amigos seus não querem nada aqui.
- Eles se afastaram até de mim porque eu venho no Centro.
Você fez a sua missão, sua missão se cumpriu.
- Falei muito para eles e daí eles se afastaram de mim, me deixaram sozinha aqui.
Você não está sozinha, você tem a gente. Tem seus filhos, teu marido que é meu pai. Você sabe disso. Tem estes amigos aqui no Centro, que este Centro é nosso. Sabia que é nosso?
- Sim, é nosso.
Doutor Bezerra disse que é nosso e então eu digo que é nosso.
- É nosso, eu também digo que é nosso, tem um pedaço meu aqui também.
Eu não sei, mas é nosso!
É nosso. Esta casa tem um dono? Tem um dono, mas ele é Jesus. Ele é o único proprietário desta casa. Tem Doutor Bezerra que a gente ama tanto. Se a senhora soubesse como ele me ajudou. Que espírito lindo!
- Que bom saber que você está bem filho.
Eu estou bem, tenho saudades de vocês, mas quando bate a saudade eu vou lá na casa de vocês e toda quarta eu venho aqui. Por isso não chore mais viu mãe, não chore mais.
- Seja feliz, tenha muita luz, muita paz.
Não chore mais. Um dia nós vamos nos encontrar na espiritualidade.
- Eu choro porque eu te amo meu filho, te amei demais.
Te peço perdão porque eu errei mãe.
- Não, você foi bom para mim.
Eu queria ser igual a estes meus irmãos, estes sim.
- Você só soube trabalhar nesta Terra, trabalhou demais meu filho.
Jesus abençoe a todos nós e abençoe a senhora.
- Um abraço filho, um beijo querido!
Abençoe a senhora.
- Te amo filho, te amo demais!
Te amo também. A senhora não sabe o quanto...
- Te amo filho, te amo!
E não chore! Agora a D. M. me falou que quando eu quiser eu posso vir. Obrigado pai.
- Eu te amo! – Falou o pai.
Não se culpe de nada, viu (falou para o pai). Eu sei que em seu coração tem ressentimento, você pensa muitas vezes assim, sozinho, que você teve culpa. Você não teve culpa de nada. Acho que era o meu destino, porque a paz que procurava não achei. Não pense assim porque você não tem culpa de nada. O culpado sou só eu neste caso. Se eu obedecesse vocês, eu era outro. Eu obedeci até certo ponto, até certo ponto, até certo ponto.
Obrigado! Que Jesus abençoe vocês.
Não chore, não chore, não chore.
Eu envelheci vocês, eu poderia ser um médico também... Mas tudo bem, cumpro com vocês a minha missão, eu vou cumprir aqui no Centro, e depois eu volto para a Terra. Ainda vou ser o nenê de vocês, pequenininho, mas forte. Jesus abençoe esta terra e nos receba em paz. Um abraço bem forte viu, para o meu irmão F. Ah, eu vou te dizer uma coisa agora, viu mãe, este aparelho falou para o F., quando ele foi trabalhar lá naquela firma: leva alguma coisa para comer lá, não corra para frente e para traz de carro porque a estrada é perigosa. Até que aconteceu um problema não é, mãe?
- Aconteceu.
E este meu aparelho falou para ele com o maior coração, porque ele previa que ia acontecer alguma coisa e graças a Jesus, foi tirado o mau caminho e não foi nada mãe.
- Foi.
Viu, faça para ele uma marmita e diga para ele isto que estou dizendo: Que ele fique lá.
- Eu já falei para ele.
Esquente, almoce lá. Faça assim, uma comida leve. Que ele coma bem de manhã, uma comida leve no almoço e coma bem à noite. Que ele não ande nestas estradas. Isso meu aparelho falou para ele.
- Também eu falei para ele que não é para viajar e ele continua viajando.
Não, mas as viagens com a firma tudo bem. Sabe por quê? Ele precisa. Isso ele precisa fazer. Mas cuida disto que eu falei. Ta bom?
- Sim, eu vou dizer para ele.
Eu tinha avisado através deste aparelho meu. Graças a Jesus foi desviado um mal maior.
- Para eles não aconteceu nada.
Viu, ele vai ver que dentro de cinco, seis, dez dias ele vai estar acostumado. Ele almoça, pode dormir um pouco lá porque o tempo de correr ele descansa e não tem o perigo da estrada.
- Sim, já falei isso para ele, muitas vezes eu falei.
Diga que eu falei isso para ele agora ta?
- Sim. Obrigado C., obrigado!
Não faça como eu fiz que não obedeci a vocês.
- Fazer o que, você era novo ainda.
Manda aquele abraço para o F., para o V. também...
Nós somos quatro irmãos com coragem. Não é porque eu estou na espiritualidade que não sou mais irmãos de vocês. Agora eu sou mais irmão ainda.
- Obrigado C.!
Quatro homens sem medo.
- Obrigado por vir aqui. Que bom estarmos juntos outra vez.
Obrigado e que Jesus te abençoe! Você merece. Ajude a você.
Deixa eu dar um abraço nesta doce mulher. Que bom ver você bem. Não chore mais, já falei que eu também não vou mais chorar. Cuide bem de sua esposa (dirigindo-se para o outro irmão), cuide desta mediunidade linda que vocês têm. E sabe o que eu gosto no estudo Cl.? É que se vocês não quiserem nem trabalhar não precisa não é? Só senta ali, descansa e deixa que este meu aparelho trabalhe não é? Todos os pepinos ele cuida. Então você só vem ali e descansa. Mas isso que eu disse é brincadeira. Com o tempo quero ver vocês enfrentarem estes espíritos ruins aí meus filhos.
Jesus te abençoe, que ele te de a luz minha filha. Olha como eu to chorando. Não devia não é? Este meu aparelho não chora quase nunca, ele enfrente no osso do peito todas as coisas. Sabe disso? Solidão, tristezas, mágoas muitas vezes. Não chorem, tem que vir eu aqui para chorar não é? Ele me obedece. Que Jesus te abençoe meus filhos. Desejo toda a luz no seu coração. Não chore. Não chore mais, ta bom?
- Te amo filho, te amo demais!
Fale para o F. o que eu falei pra você, ta bom?
- Sim, eu vou dizer para ele. Te amo filho.
A avó está super bem.
- Minha mãe?
Sim.
- Querida, está linda, sabida não é? Que bom que ela veio também falar comigo, fiquei muito feliz.
Sim, ela é um espírito muito bacana. Qual é o neto que não adora as avós? Não, me fala. Todas as avós. Estes dias falaram para este aparelho, para esse médium, disseram assim: o que é um avô? Avô, disseram para ele, “Avô é um burro que o filho amansa para o neto montar”.
- (Risos).
Ele me falou que isso é verdade.
- Seja feliz lá com a avó.
A vovó que gosta muito de mim.
- Seja feliz lá com a avó e o avô.
Eles estão sempre junto de mim. E com vocês também. Eu estou sempre junto com vocês.
- Que bom. Obrigado!
Desculpe todo esse choro. Desculpe. Meu irmão gostei de ver você, viu? Se eu tivesse obedecido bem, eu estava aqui com vocês trabalhando não é? Aqui no Centro. Mas tudo bem, isso é coisa que passou. Que Jesus abençoe vocês!
- Que assim seja!
Nós todos somos irmãos, dou a bênção a vocês. Que bom rever vocês. Vocês são os nossos companheiros.